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"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento." "Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania, Depende de quando e como você me vê passar." Tudo da Clarice Lispector

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Baú

Como não poderia deixar de falar dessa atividade um tanto quanto psicod(t)ra(u)mática!

Foram longos meses de pura obstinação, pensamentos perdidos nas madrugadas parisienses, textos escritos e apagados, textos escritos e modificados, textos que faltando 1 semana pra apresentar você relê e pensa “Mais que merda é essa?” joga na lixeira do desktop e refaz tudo de novo!

Quando você realmente consegue escrevê-lo vem as dúvidas, “como fazer?”; “o que usar?”; “Como dizer”... Pensa em mil músicas, em mil figurinos e em mil cenários... E ai, na hora “H”, você descobre que o CD com a música não veio (Ficou no som, pois você passou a madrugada decorando o texto), Que o figurino seria melhor se você não o tivesse (E assim o faz) e que o cenário não ficaria do modo como você previu por que a Prora do relógio que você ia usar não cabe na mala e desesperado você relembra de como Clarice Lispector move suas inspirações.

E você chega, começam as apresentações, você é modificado por elas, o texto que você passara a noite inteira decorando some da sua mente, os livros de Clarice lhe seram úteis, as frases, as passagens.

Você vai ao pro-cênio, abre seu vinho, degusta-o, olha para a platéia, que são seus amigos ou colegas, e pensa “FODEU!”, assim, exatamente assim, com essa seqüência de letras... Primeiro o “F” depois o “O” o “D” o “E” o “U” e por último uma exclamaçãozinha pra não deixar de pontuar o quão fodido você esta.

Numa medida desesperadora você tenta se embriagar com o vinho e no quarto gole percebe que se fodeu mais um bocado, pois seguiu seu diretor e trocou o álcool por suco em pó e aquela água roxa não vai lhe deixar em estado alfa muito menos bê(ta)bado!

Respira e começa seu texto (Que é (ou melhor... é quase) o post “Quem não tem coração que atire a primeira lágrima”), Recorre aos livros, aos poemas, ao vinho, enfim luta com as armas que tem nas mãos.

Quando termina sente que alguém enfiou o dedo na sua não cicatrizada ferida que Queima, Dói, Lateja, Dói, Sangra e Dói. Você chora, seus amigos lhe abraçam, você diz que “Está bem” e que o pior já passou e quando entra o “Próximo!” você se afasta de todos (Que estão prestigiando o coleguinha sangrar lá na frente) e chora, chora como se fosse um bebê esfomeado, como se fosse uma criança que viu o amiguinho quebrar seu carrinho ou um adolescente que se despede do melhor amigo e até mesmo um adulto que apanha todo dia da vida.

Mas depois, a ferida que sangrava estanca, a casquinha se forma novamente e você observa que o que demorava à cicatrizar esta em um processo de recuperação que surpreenderia qualquer médico formado em cardiologia. Ai você constata que “As vezes, tirar a casquinha da ferida faz bem”.

Hoje eu digo se fosse fazer meu baú novamente, faria diferente. Falaria de outras coisas, mostraria novas FACETAS dos “Fernando Pessoa” existentes em mim, Mostraria meu lado GENIAL de Saramago, Meu AMOR Ana Carolina, Minha ESSÊNCIA de Wander Lee, Minha LOUCURA que se divide entre Almodóvar e Wood, Minha CRIAÇÃO livremente inspirada em Hugh Laurie, Meu ESPELHO de Stanislavsky e é claro que mostraria minha VISCERALIDADE de Clarice Lispector.

Mas por fim, descobriria que no fundo no fundo sou: Renan Botelho na VIDA

Fragmento de “Rindo à toa”

“doeu, doeu, agora não dói, não dói, não dói
chorei, chorei agora não choro mais
toda mágoa que passei
é motivo pra comemorar
pois se não sofresse assim
não tinha razões pra cantar

há há há há há
mas eu tô rindo à toa
não que a vida esteja assim tão boa
mas um sorriso ajuda a melhorar”

Fonte: http://www.vagalume.com.br/falamansa/rindo-a-toa.html#ixzz0yJBUuUUo

PS.: Não gosto da música, mas é letra combina com o momento....


Beijos, Abraços e Apertos de mão!

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