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"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento." "Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania, Depende de quando e como você me vê passar." Tudo da Clarice Lispector

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Por que Clarice?

Hoje fazendo hora no shopping, entrei na livraria e achei sem nenhuma pretensão o livro: “Crônicas para Jovens; do Rio de Janeiro e seus personagens / Clarice Lispector; organização Pedro Karp Vasquez.”

Comprei até porque Clarice, achado ao acaso, merece ser comprado.

No caminho de volta pra casa, comecei a ler uma crônica chamada “Perdoando deus”, assim mesmo, sem letra maiúscula.

Aos que desejam ouvi-lo eis o link com narração da PERFEITA Aracy Balabanian

E eis que no meio do caminho, lendo na rua. Um rato vivo e vibrante, diferente do que há no texto cruza na minha frente. Parado; estático vejo exatamente ao meu lado outro rato que pretende traçar o mesmo caminho.

Paro de fronte aos dois ratos e penso “Por que Clarice?”, o rato não estava morto, mas minha reação fora o mesmo.

É que “Mundo também é um rato... e eu pensava que estava pronto para o rato também, Porque eu me imaginava mais forte. Porque eu fazia do amor um calculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões, é que se ama verdadeiramente. Porque eu não quis o amor solene, sem compreender que a solenidade ritualiza a incompreensão e a transforma em oferenda. E é também porque sempre fui de brigar muito, meu modo é brigando. É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda não sei ceder. É porque no fundo eu quero amar o que eu amaria – e não o que é (...) É também porque eu me ofendo à toa. É porque (...) sou muito teimoso, É porque sou muito possessivo.”

Eu quero amar as coisas pela beleza delas... Mas não a beleza estética do belo, a beleza da alma, aquela que quando vê um rato na rua, vivo ou morto, sente arrepios na espinha e que sinta arrepios na espinha toda vez que eu lhe entregar uma rosa.

Eu quero amar sem medo de ser feliz

Eu quero ter, mas sem possuir

Quero sentir o gosto; tocar o quente e o frio; cheirar a pele; sorver os lábios; olhar nos olhos.

Não preciso amar o rato ou o mundo, preciso apenas saber que eles existem.
Consciente ou inconsciente MENTE

Link Reduzido: http://migre.me/4uKRr

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